“Vós sois o sal da terra” (Mateus 5.13a)
Ev. Josias Silva
Num dos sermões mais lindos do mundo, Jesus compara-nos com o sal e a luz do mundo.
O sal ninguém vê, mas sabemos que ele está ali dando o equilíbrio, percebemos sua importante presença; sem muito escândalo, sem muita auto-afirmação. Ele esta ali temperando tudo. Hoje o sal é muito barato, mas na antiguidade, era de grande valor. O Sal era usado como unidade monetária. O usa da palavra latina “salarium” perdurou por séculos, de onde vem a palavra “salário”.
Aquele que tem Jesus, tem valor como o sal, sua medida é impossível de não ser notado, esteja onde estiver, na cultura que for – vão dizer “ele(a) tem algo diferente”.
Suas atitudes: sua forma mansa de falar, sua honestamente, sua ponderação, sua maneira de inferiorizar-se e de pensar mais no outro do que em si mesmo. Sua paciência, sua forma verdadeira, seu amor ao próximo e perdão ao inimigo, sua caridade com necessitado e ao excluído; seu temor a Deus em qualquer hora ou lugar mesmo estando longe dos olhos de todos. A presença de Jesus em nós é marcante (ou deveria ser).
A luz, só é perceptível e notada, em contraste com as trevas; a luz é o farol em meio a escuridão. A luz, é a saída no fundo escuro do túnel. A luz é nossa diferença de viver em contraste com o mundo; e isso – assim como o sal que não se vê -, só é notado convivendo, é muito mais que de um momento e do que aparentemente se vê.
Às vezes, achamos que ser espiritual é ser visto pelos homens; esta é uma “espiritualidade” construída a partir da religiosidade e do aparente. Esta, assim como espiritualidade aparente dos fariseus combatidos por Jesus, pode ser perigosa, daninha e enganosa. A verdadeira espiritualidade não vê, se nota.
A importância do sal não se vê, mas se sente no tempero, a importância da luz também está ainda além do que vê, está, acima de tudo, no contraste com as trevas. Nas palavras do Mestre segundo Mateus:
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Fácil? Não! Mas que sejamos verdadeiramente o sal e a luz desse mundo. Que Jesus apareça em nós; que morramos para nós mesmo para que Cristo viva em nós.
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