Ev. Josias Silva
Introdução
Se buscarmos na história das religiões orientais encontraremos reconhecidos personagens religiosos, tais como: Sidarta Gautama, Zaratustra, Confúcio entre outros, mas nenhum deles, nem de longe, pode ser comparado ao ilustríssimo ser que foi – e é: o Cristo Jesus. Dentre todos eles, somente Cristo tem uma proposta de restauração do homem enquanto humanidade, tanto na vida social quanto na vida espiritual e no porvir; ou seja, na vida após a morte − na eternidade. Somente Jesus, dentre esses importantes líderes religiosos, é visto e reconhecido por (e na) sua história, com alguém que morreu e ressuscitou. Como alguém que era homem sendo Deus, alguém que era divinamente humano e humanamente divino.
Somente Jesus, dentre esses líderes citados acima, dividiu a história, mesmo à contragosto dos céticos, agnósticos e ateus oriundos do cientificismo moderno, entre Antes e Depois de Cristo (a.C e d.C). Jesus é, indubitavelmente, o maior personagem que já existiu no mundo. Jesus é, aliás, não apenas um personagem, ele é o protótipo de homem perfeito, como nas palavras de Pedro “Cristo, o filho do Deus vivo”.
I – Antecedentes históricos dos Evangelhos
Ao abrirmos os Evangelhos não conseguimos, de imediato, perceber a dimensão histórica que envolve as narrativas dos Evangelhos de Cristo. É de conhecimento generalizado que os evangelhos começaram a ser escritos depois de um longo período conhecido por intertestamentário, interbíblico, ou, ainda — período do Segundo Templo.
Lembramos que o último dos profetas do Antigo Testamento é Malaquias, e ele está profetizando num momento em que o povo já havia voltado à Jerusalém para reconstrução do Segundo Templo. Depois de Malaquias, há um hiato de pelo menos 400 anos (que perpassa os Impérios Persa e Grego) para se inaugurar o que conhecemos como Novo Testamento; isto é, o momento em que é anunciado a vinda do Messias, o Cristo, Jesus, que já nascera no período dominado pelo poderoso Império Romano, do qual falaremos a seguir.
1.1 O Império Romano
Jesus e os apóstolos viveram durante o período em que o Império Romano estava em plena ascensão, durante o séc. 1 d.C. Os romanos desenvolveram um império que era, ao mesmo tempo, sucessão de outros – como assírios, persas e gregos –, mas também tinha características próprias.
1.2 Características próprias de um império e o Império Romano
Um das principalmente características de um império é a conquista de vários territórios por determinado povo, a partir de um ponto inicial que normalmente se torna a capital desse império. Todos os povos conquistados devem obrigações à capital, a começar por tributos anuais, além da abertura de rotas para comércio, movimentação de tropas e autoridades. Além disso, na Antiguidade era costume o conquistador fundar novas cidades seguindo o modelo da capital, para reforçar a presença imperial em todo o território. Essas cidades também serviam de ponto de controle do imperador, porque nada se fazia no território conquistado sem prestar contas às autoridades nomeadas por ele. No caso dos romanos[1], quando dominaram a Palestina, fundaram várias cidades, sendo algumas delas citadas no Novo Testamento, como Gerasa (Mc 5.1) e Cesareia (Mc 8.27) entre outras.
O Império Romano adotou as principais práticas dos outros impérios antigos, mas também tinha características próprias. Vejamos abaixo dois pontos importantes, para se entender o contexto de Cristo e os Evangelhos, dentro dessas características.
a) Pax Romana cujo principal intuito era manter as nações conquistadas sob total domínio, sem possibilidade de rebelião. Para tanto os romanos mantinham a presença constante de soldados em diferentes cidades e controlavam de perto a administração delas.
As nações conquistadas pelos romanos passaram a ser chamadas de províncias do império, as quais podiam manter seus reis e religião, desde que não questionassem o tributo que devia ser enviado a César nem a lealdade a ele. Daí vem o segundo aspecto específico dos romanos:
b) O culto ao imperador era uma obrigação das cidades helenizadas, onde os monarcas procuravam manter a simpatia junto ao povo. Além disso, era sempre a oportunidade para maior aproximação, às vezes com casamentos de pessoas das famílias nobres da cidade com famílias de patrícios romanos (lembrando que os judeus não tinham obrigação desse culto).
1.3 Os Evangelhos falam do Império Romano
Há diversas passagens que citam o império claramente, o que mostra, inclusive, o caráter da historicidade na literatura neotestamentária. O Evangelho de Lucas, por exemplo, faz questão de delimitar a região e os governantes que a dominam no tempo do ministério de Jesus.
“No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene” (Lc 3.1).
Mateus 22.15-22 (tb em Mc 12.13-17 e Lc 20.20-26): quando Jesus é questionado sobre o pagamento do tributo a César. O Império Romano cobrava a taxa de um denário por pessoa nas províncias sob seu domínio.
Marcos 15.39: ao pé da cruz, quando Jesus morre, o centurião romano que supervisionava a execução deu um testemunho de reconhecimento: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”.
Marcos 15.1-5 (tb em Mt 27.1,2,11-14, Lc 23.1-5 e Jo 18.28-38): o julgamento de Jesus teve que passar pelo prefeito de Jerusalém, Pôncio Pilatos, que governava toda a Judeia. A condenação de Jesus foi feita por ele, ainda que após consulta popular.
A crucificação descrita nos Evangelhos, em si era o modo de os romanos executarem os criminosos, especialmente ladrões, assassinos e rebeldes.
Por outro lado, alguns textos se referem de maneira velada ao Império Romano, e nesses casos sempre em tom de crítica. Alguns exemplos bem interessantes são:
Mateus 5.38-42: no ensino de não revidar com “olho por olho, dente por dente”, Jesus cita situações que os judeus galileus sofriam sob a opressão dos romanos: ser esbofeteados sem motivo aparente, ter a túnica tomada, e, quando falou sobre obrigar a andar uma milha, se referia a situações em que um soldado romano exigia que um judeu o carregasse nas costas, como num “cavalinho”. Assim, o ensino é para que eles não tentassem se rebelar contra o opressor, porque isso só piorava a situação.
João 14.27: ao afirmar que ia deixar sua paz, que era diferente da paz do mundo, Jesus se refere à pax romana, que era imposta pela violência. A paz de Jesus acontece pela aceitação amorosa da mensagem.
Marcos 5.1-14: Jesus encontra-se com um homem possesso de espíritos em Gerasa. Três elementos fazem menção aos romanos, ironizando seu poder: 1) os demônios no homem se autodenominam legião (légion – que é uma palavra latina), ou seja, se identificam com o exército do opressor; 2) ao sair do homem pedem para ir para os porcos, que era o principal alimento da dieta dos romanos na Palestina; 3) a vara de porcos se precipita no mar, fazendo menção ao domínio do Império Romano no Mediterrâneo.
Nota-se como os Evangelhos mostram a relação que Jesus e seus discípulos tinham com o Império Romano, que dominava a Palestina e, como já percebido, havia certo rechaço no que tange à dominação política dos romanos.
1.4 As implicações políticas da mensagem de Jesus
Conforme já explicitado acima, fica claro que a pregação de Jesus causava impacto político. Assim, pode-se se dizer (humanamente falando) que sua condenação tem relação com a política por três motivos:
i. Naquela época não havia o conceito de Estado laico, ou seja, política e religião muitas vezes estavam vinculadas. Tanto é assim que havia culto ao imperador;
ii. Ao anunciar o Reino de Deus, em muitos momentos Jesus questionou o modo de vida e as crenças de pessoas que se beneficiavam do império. Pense na expressão: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
iii. As multidões que o seguiam eram pessoas pobres, algumas não tinham nada, outras eram excluídas da sociedade por causa de enfermidades ou conduta moral. Com isso, alguém podia achar que ele estava organizando um exército revolucionário para tirar os reis herodianos do poder e enfrentar o poder romano.
Daí muitos pesquisadores interpretarem a entrada triunfal de Jerusalém dentro desse contexto, segundo o qual o ministério de Jesus tinha ensinamentos contrários aos poderes políticos e, também, de certo modo, atitudes “revolucionárias”[2]. Por isso mesmo é que multidões o seguiam, pois tinham sede de justiça. Todos eram incluídos no grupo e recebiam não só abrigo, como passavam a pertencer a uma nova família, o movimento de Jesus, o galileu de Nazaré, que não era apenas um mestre, mas também identificado como Messias (Cristo). E aí estava um dos maiores problemas.
II – Jesus, o Cristo (Messias) e o messianismo
Quando falamos em messias, pensamos numa figura extraordinária, capaz de fazer milagres e transformar vidas, ou seja, enfatizamos sua dimensão espiritual e religiosa. Só que, na mentalidade de um judeu da época de Jesus, essa figura tinha também uma implicação de libertador de Israel: o mashiah, que é a forma hebraica de messias e em grego (Christus) se escreve Cristo, significa “ungido”, uma palavra usada para se referir ao rei. Um rei só podia governar se fosse ungido, seja por um profeta, um juiz ou um sacerdote. Essa tradição começou lá atrás, com Saul e Davi, que foram ungidos por Samuel, como podemos ler em 1Samuel 9.26-27 e 16.1-13. Desde então todo rei era designado como messias.
Acontece que, com o exílio babilônico, em 587 a.C., os judeus só tiveram rei novamente no período dos macabeus, entre 153 e 60 a.C., quando a dinastia dos hasmoneus governou a região. Eles fizeram um governo muito afastado da religião, por isso não foram reconhecidos como messias de fato. Depois, com a chegada dos romanos à região da Palestina, ascende ao poder, como rei, Herodes, mas foi mal visto pela população judaica, porque ele era colaborador do dominador estrangeiro. Assim, na cabeça do povo simples, ainda ia se levantar um messias de verdade, no estilo de Davi: ao mesmo tempo uma pessoa consagrada a Deus e um guerreiro capaz de afastar o dominador estrangeiro.
Quando se pensa em Jesus como messias, a primeira parte se encaixava perfeitamente nele. Os Evangelhos retratam de maneira bastante detalhada o quanto ele era comprometido com a missão de Deus: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34), se consagrando: “Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava” (Lc 5.16), ensinando: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los” (Mt 5.1-2), curando e ajudando pessoas: “Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um” (Lc 4.40).
Mas e a parte guerreira da conquista de Jesus como o messias de Israel? “Os rabinos consideravam o Messias como ‘rei ungido’ e ‘filho de Davi’, que agiria com poder para defender Israel e fazê-lo grande, submetendo-lhe todos os povos” (FARIA, 2003, p. 65-66). Todavia, a “guerra" de Jesus não era com as armas do mal, mas do bem. Jesus sempre falava em amor e não em violência: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5.38,39). Mesmo assim, o fato de ele ir para Jerusalém, cercado por tanta gente, passou uma mensagem diferente. Ao ser recebido na cidade aos gritos de “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!” (Mt 21.9), havia uma atmosfera de expectativa de que ele fosse o messias líder guerreiro. Não por acaso, as autoridades ficaram com medo e, mediante acusações, mandaram prendê-lo e por fim condenaram-no à crucificação, numa cena de muita controvérsia. Mas o Reino de Cristo não é reino de pão, apenas, mas das coisas celestiais; e a sua cruz estava prevista desde a eternidade.
2.1 Cristo ressuscitado: a mensagem do Evangelho
Para os discípulos a crucificação significou, no primeiro momento, o fracasso do projeto de Jesus. Era o meio mais humilhante de morte, reservado para criminosos, fossem eles ladrões, assassinos ou rebeldes contra Roma. Jesus, à vista dos romanos, encaixava-se neste último tipo. Muitos judeus foram crucificados como forma de os romanos manterem seu poder.
O que mudou para os discípulos foi a ressurreição. A alegria da ressurreição superou a dor da morte de Jesus. Só que no primeiro momento as pessoas estavam abaladas demais para perceber isso. É o caso das mulheres que foram ao túmulo, as primeiras a receberem a notícia de que ele tinha ressuscitado, como lemos em Lucas 24.1-7.
Quando as mulheres não encontraram mais o corpo de Jesus e receberam a recomendação de anunciar aos demais, tudo mudou. Aos poucos os discípulos tomaram consciência do que tinha acontecido, e foram fortalecidos na fé. Passaram a anunciar a grande notícia: Cristo (o Messias) ressuscitou, o reino de Deus chegou para todos os que crerem nele. Assim nasceu o que conhecemos por “Evangelho” anunciado pelos discípulos que começaram a pregar sobre o messias ressuscitado e essa palavra avançou, alcançando muitos povos.
III – Cristo e os Evangelhos
Ao pregar a ressurreição de Jesus, os discípulos inauguraram o grande Evangelho (gr. evangellion) – a boa notícia – e espalharam a mensagem por muitas terras. Mas como e por que surgiram os evangelhos escritos?
A primeira questão que precisa ser abordada tem a ver com o fato de Jesus não ter escrito nada, assim como seus discípulos enquanto andavam com ele. Na verdade, muitos deles eram iletrados e apenas uns poucos sabiam escrever. No ambiente onde Jesus pregava, as pessoas geralmente não tinham acesso à escrita, por isso guardavam tudo na memória e depois transmitiam o que aprendiam com bastante fidelidade. Isso é o que chamamos de tradição oral.
A tradição oral em torno da pessoa de Jesus e do que ele tinha feito era tão vasta que João até escreveu o seguinte, no fim do seu Evangelho: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (João 21.25). Pois bem, durante as primeiras décadas do cristianismo, antes de ser uma religião própria, os apóstolos ensinavam tudo sobre Jesus pela tradição oral. Essa comunicação ficou conhecida como tradição dos apóstolos. Havia muita pressa em difundir a mensagem e, como eles estavam vivos e grande parte era jovem, ninguém se preocupava em registrar por escrito seus ensinamentos.
3.1 Os evangelhos de Cristo
Quatro Evangelhos tornaram-se a principal fonte para os cristãos aprenderem sobre Jesus. Apesar de narrarem as mesmas coisas no geral, cada um enfatiza um aspecto diferente. Rapidamente, vamos destacar essas abordagens, seguindo a ordem canônica:
Evangelho de Mateus – O Evangelho de Mateus mostra um Jesus Messias, voltado para um público judaico que conhecia bem o Antigo Testamento. Por isso ele se preocupa em afirmar que as palavras e os acontecimentos na vida de Jesus eram cumprimento das Escrituras, como em Mateus 1.22: Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta. Essa fórmula de cumprimento também aparece em Mt 2.15; 2.23; 4.14; 8.17; 13.35. Por outro lado, os ensinamentos de Jesus são organizados de forma a parecer o Pentateuco, começando pelo Sermão do Monte (cap 5-7), em que Jesus apresenta a proposta do Reino de Deus para o mundo. Depois dele Mateus faz uma clara separação em blocos entre ações de Jesus e ensinamentos.
Evangelho de Marcos – Marcos é o evangelho de “Jesus, Filho de Deus”, que também é servo. Se minha hipótese estiver correta, este Evangelho foi escrito em meio à guerra, por isso não tem genealogia, e nele Jesus está mais preocupado em agir do que em ensinar. É um texto seco, direto, que pode ser lido em apenas algumas horas. Talvez por isso mesmo, o Evangelho de Marcos também seja um evangelho que critica muito o Império Romano, só que de maneira disfarçada, com ironia, como na história do demônio que se chama legião (o nome das tropas romanas) e vai para os porcos (principal comida do exército romano), que está em 5.1-14.
Evangelho de Lucas – O Evangelho de Lucas enfatiza um Jesus que é profeta ungido a caminho para Jerusalém, onde será morto. A viagem de Jesus para a cidade santa, que em Marcos dura dois capítulos e não fala de Samaria, em Lucas dura dez capítulos (começa em 9.51 e vai até 19.27) e tem diversas histórias que não aparecem em nenhum outro evangelho. As parábolas de Lucas são mais longas, mesmo assim são histórias fáceis de memorizar, como a do samaritano em Lucas 10.25-37 ou do filho perdido em Lucas 15.11-32. Mesmo na nossa sociedade tão vinculada ao visual, é possível lembrar essas histórias de cor.
Evangelho de João – João é tido como o evangelho mais recente e tem um jeito diferente de contar a história de Jesus quando comparado com os outros. Só para exemplificar, em João são narradas várias viagens de Jesus a Jerusalém antes da derradeira, na qual ele foi preso. Nos outros, Jesus só vai para lá uma vez. Ali vemos um Jesus ao mesmo tempo humano e divino, que é a encarnação do logos (verbo ou palavra) mas que também chora com a morte do amigo Lázaro. As histórias são mais longas, têm discursos maiores que nos demais e podem ter sido até mesmo uma junção de diferentes conversas entre Jesus e os discípulos.
Em comum com os demais está a principal história, que se mantém quase igual: prisão, morte e ressurreição de Jesus, mostrando que ele é o Senhor, o Cristo de Deus. Alguns pesquisadores afirmam que isso se deve ao fato de a tradição da prisão e morte ser a mais antiga e a mais bem preservada pelos primeiros cristãos, por isso até João a compartilhava.
Conclusão
Enfim, o Cristo dos Evangelhos é o Cristo (messias) não apenas de um reino terreno, volátil e passageiro esperado pelos judeus. O Cristo dos Evangelhos, é a perfeição divinamente humana do melhor de Deus que não estar por vir, mas já veio, mas os seus não o receberam. O Cristo dos Evangelhos é o salvador que se entregou em nosso lugar numa cruz para nos salvar de nossos pecados e aplacar a ira de Deus que se acende pelos nossos pecados. Ele é o nosso advogado! Ele é nosso intercessor!
Já os Evangelhos de Cristo, que nos mostram quem ele é, sua obra e sua vida, não são apenas um tratado de como Jesus viveu, mas é um grito retumbante para se viver a justiça do Reino de Deus (que já está entre nós) em oposição às forças seculares, contrárias às leis de Deus, além de um manual de instruções para chegar ao céu.
Que sigamos em conhecer a Jesus, o Cristo dos Evangelhos, através de sua Constituição Divina: os Evangelhos de Cristo. Amém!
Bibliografia
BORNKAMM, G. Jesus de Nazaré. São Paulo: Teológica, 2005.
CULMANN, O. A formação do Novo Testamento. 7ª ed (rev.) São Leopoldo: Editora Sinodal, 2001.
FERREIRA, Joel Antônio. O messias/rei Jesus e os messias camponeses de seu tempo. Caminhos, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 336-352, 2015. Disponível em http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/article/view/4295/2470. Acesso em:
22/01/2021.
KÜMMEL. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1989.
VERMES, J. Jesus e o mundo do judaísmo. São Paulo: Loyola, 2000.
[1] É importante ressaltar que o Império Romano se desenvolveu em torno do Mar Mediterrâneo, chamado de Mare Nostrum por causa do controle de toda a região. Já o Império Grego saiu da Grécia em direção ao Oriente, chegando até a Índia. [2]Quanto a essa minha afirmação, basta ver como Suetônio, historiador romano, escreve a Cláudio referindo-se muito provavelmente a Jesus. Transcrevo-lhes um ponto de sua carta a Cláudio, ao falar da expulsão dos judeus de Roma em 49 d.C.: “Em razão de os judeus estarem causando constantes distúrbios por instigação de Cresto, ele [Cláudio] os expulsou de Roma” (Cláudio 25,4). “Cresto” e “Cristo” são pronunciados de modo bastante similar e usualmente se infere que Suetônio estaria se referindo a “Cristo”, a referência cristã a Jesus como o Messias, Christus.
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